A caminho da Santa Felicidade, esse poderia ser um novo título de Paulo Coelho, só que ao
invés de Diário de um Mago, seria Diário
de um Chef. No entanto Santa Felicidade aqui é um dos principais bairros de Curitiba, e os Chefs estão lá dentro, mas com certeza muitos se inspiraram na diversidade gastronômica tradicional italiana deste, que poderia se chamar Villa de Santa Felicidade.
A entrada é um portal, e muitos restaurantes guardam a mesma marca da sua entrada.
Já fazia quase dez anos que não participava dos banquetes que por lá se promove. O escolhido foi o Velho Madalosso, que as terças proporciona aos comensais além do tradicional banquete, rodadas de carneiro: a paleta e ontem, era o lançamento do espetinho de carneiro,
puxado no alho e ervas, e estava simplesmente divino. Para acompanhar levamos dois vinhos de importação da MM Vinhos (MM que tem Madalosso no nome também): um Rosso e um Brunello di
Montalcino da Tenuta Caparzo.
Antes de falar desses vinhos, me sinto obrigado em registrar o que por lá “mangiamo”:
Primeiro a famosa polenta, crocante, suculenta, cortada na espessura correta, tudo à mesa inclusive saladas (a de radicchi é imperdível), frango assado, o risoto camponês e na sequência o serviço de grelhados e massas, que tem dois destaques: o Gnochi de rúcula com tomate seco e o conchiglione de figo – Estupendo.
Para comer ali é bom preparar o estomago, pois não há como não exagerar.
Bem acompanhado da água Ouro Fino com gás, tivemos que pedir, da sua bem feita e
completa carta de vinhos uma terceira garrafa, a do argentino Cinco Sentidos Reserva (50% de Malbec e Cabernet Sauvignon).
A idéia era harmonizar o carneiro com os vinhos italianos e assim nos posicionamos para isso,
nossa sorte é que fizemos “nosso trabalho” antes do banquete. Com a paleta o Rosso se comportou muito bem, seus toques de carvalho formaram uma bela parceria com o grelhado, já o estreante da noite, o espeto, condimentado na medida certa, foi páreo para o Brunello, que não
era um “riserva”, mas mesmo após ter sido decantado levou mais de uma hora para começar a se abrir, porém no paladar ele foi brilhante!
Por fim comparamos as escolas: o argentino que vem de 12 meses em madeira (carvalho Francês e Americano), cumpre muito bem o seu papel, com muita fruta e potencia aromática e gustativa, ante a elegância e finos taninos longos e redondos dos italianos, em maior escala para o Brunello.
Cumprida nossa missão, tomamos um café com laranja açucarada e partimos para visitar o Novo Madalosso e a Adega que fica ao lado, apenas uma visita na tentativa de encontrar a Sra. Flora, responsável pelo sucesso gastronômico dos restaurantes da família. Infelizmente ela já tinha ido, senão me contaria as histórias dos pratos tão famosos.
Saindo de lá passamos pelo famiglia Fadanelli, um restaurante muito atraente, bem decorado e com alto astral, graças às presenças do Maitre Francisco e do Chef “Beto”, também da família Madalosso...
Bem! Essa história contarei semana que vem, pois já marcamos uma harmonização por lá
também.
Serviço:
Restaurante Velho Madalosso
Av. Manoel Ribas, 5852 -
Fone (41) 3273-1014
Restaurante Famiglia Fadanelli
Av. Manoel Ribas, 5667 –
Fone (41) 3372-1616
Ficha Técnica:
Rosso di Montalcino 2005 DOC - Caparzo - faixa de R$ 100,00
Corte: Sangiovese Grosso (Brunello)
Origem Montalcino - Itália
Envelhecimento 10 meses em carvalho
Álcool 13%
Brunello di Montalcino 2003 DOCG - Caparzo - faixa de R$ 250,00
Corte: Sangiovese Grosso (Brunello)
Origem Montalcino - Itália
Envelhecimento 12 meses em carvalho
Álcool 14%
Cinco Sentidos Reserva 2003 – Finca Algarve - faixa de R$ 60,00
Corte: 50% malbec/50% Cabernet Sauvignon
Origem Mendoza - Argentina
Envelhecimento 12 meses em carvalho francês e americano
Álcool 13,9%
1 Comentários
Estou procurando uma receita para fazer vinhos de framboesa e Amora pretas para usar o excesso de minha produção: http://www.estanciaadalia.com/frutas.php
ResponderExcluirPor favor indique uma que possa ser feita artesanalmente, obrigado.