Como colocado anteriormente o vinho provavelmente surgiu por acidente, uma descoberta, por volta de 7.000 anos atrás. Seria mais coerente dizer que análises arqueológicas datam a descoberta do vinho por volta desta data.
Particularmente prefiro acreditar que o vinho e o homem convivem há muito tempo, muito mais tempo até do que dissemos, haja visto que a uva é tão antiga quanto o homem e em muito se parecem.
Segundo Hugh Johnson em "The Story of Wine", a uva e o homem coexistem cerca de 2 milhões de anos e seria demais pensar que por tanto tempo esse “por acidente” não tivesse acontecido muito antes. Provavelmente entre os períodos glaciais essa relação tenha se esfriado e sendo reatadas quando o clima voltava a esquentar.
Segundo Hugh Johnson em "The Story of Wine", a uva e o homem coexistem cerca de 2 milhões de anos e seria demais pensar que por tanto tempo esse “por acidente” não tivesse acontecido muito antes. Provavelmente entre os períodos glaciais essa relação tenha se esfriado e sendo reatadas quando o clima voltava a esquentar.
Não se sabe ao certo onde teriam sido encontradas as primeiras videiras; no entanto, acredita-se que foi na Ásia Ocidental e na Europa. Nessas duas regiões, foram encontradas folhas de videira e sementes de uvas em cavernas pré-históricas.
Da Europa e Ásia Ocidental, a vinha expandiu-se para o Oriente Médio, Ásia Menor, Mediterrâneo e outras regiões. Mais tarde propagou-se mais acentuadamente nos países da bacia do Mediterrâneo, onde até hoje se produzem alguns dos melhores vinhos do mundo.
Como não sabemos exatamente nem quando nem como aconteceu o vinho para o mundo, costumo apresentar duas hipóteses, uma lenda e uma mitológica.
A lenda diz que havia um homem muito poderoso, vivendo em um belo palácio e rodeado por suas mulheres, seu harém.
Dentre suas mulheres havia uma, a sua preferida. Essa esposa dedicada e muito feliz por ser a preferida tudo fazia a agradar seu amo. Ocorreu que com o tempo, o califa trouxe para o seu harém uma nova esposa - “nessa época” os homens se cansavam e apostavam em novidades, mas só nessa época... - e passou a dar muita atenção a ela.
Sua esposa ex-preferida, sentindo-se preterida resolveu se vingar. Seu plano era retirar todas as uvas do palácio e assim punir seu amo cerceando um de seus mais alegres prazeres: comer suas uvas deitado com suas esposas.
Dentre suas mulheres havia uma, a sua preferida. Essa esposa dedicada e muito feliz por ser a preferida tudo fazia a agradar seu amo. Ocorreu que com o tempo, o califa trouxe para o seu harém uma nova esposa - “nessa época” os homens se cansavam e apostavam em novidades, mas só nessa época... - e passou a dar muita atenção a ela.
A moça resolveu esconder as uvas em vasos grandes, também conhecidos como ânforas. E lá se foram os dias e as uvas findando, até que se tornou alarmante e a mando do poderoso homem seus servos foram incumbidos de encontrar o ladrão de uvas e entregá-lo para a morte.
Essa heroína (que resolveu vingar as mulheres “daquela” época) entrou em desespero e correu para o vaso, no entanto, ao abri-lo seu desespero ficou ainda maior, no lugar das uvas havia um liquido.
Seu desespero a preparava para a morte inevitável, ela joga a toalha e resolve ao menos beber daquele liquido, que brilhava e exalava quase como um perfume. Assim tomando uma espécie de concha na mão ela começou a sorver daquele desconhecido liquido e passado a estranheza inicial, gostou e foi se encorajando a beber um pouco mais, talvez mais umas quatro ou cinco conchas, até que fosse encontrada por todos, e nessa hora já abraçada a ânfora ela se encontrava.
Essa heroína (que resolveu vingar as mulheres “daquela” época) entrou em desespero e correu para o vaso, no entanto, ao abri-lo seu desespero ficou ainda maior, no lugar das uvas havia um liquido.
Seu desespero a preparava para a morte inevitável, ela joga a toalha e resolve ao menos beber daquele liquido, que brilhava e exalava quase como um perfume. Assim tomando uma espécie de concha na mão ela começou a sorver daquele desconhecido liquido e passado a estranheza inicial, gostou e foi se encorajando a beber um pouco mais, talvez mais umas quatro ou cinco conchas, até que fosse encontrada por todos, e nessa hora já abraçada a ânfora ela se encontrava.
Alegre e feliz ao ser questionada por que se escondera enquanto todos tentavam resolver a questão, ela numa súbita sensação de plena liberdade encara seu amo e lhe diz que ele diante do que acabara de viver não era de nada (diante daquela vingança ela aproveitou e contou para todo mundo que ele não era de nada em muitas outras coisas...) e começou a cantarolar.
Seu amo controla-se, mas não acredita o que acabara de escutar e se dirige para uma conversa mais próxima de sua ex-preferida e ao ficar colocado ela lhe sugere que faça o mesmo que ela e sorva do líquido que se encontrava dentro do vaso.
Com alguma estranheza, ele repete os mesmos atos de sua esposa e em pouco tempo ele também se sentava ao lado da ânfora e se deleitava com o liquido e sua re-nomeada preferida esposa. Logo ordenara aos servos que repetissem exatamente o que sua adorada esposa fizera.
Seu amo controla-se, mas não acredita o que acabara de escutar e se dirige para uma conversa mais próxima de sua ex-preferida e ao ficar colocado ela lhe sugere que faça o mesmo que ela e sorva do líquido que se encontrava dentro do vaso.
Com alguma estranheza, ele repete os mesmos atos de sua esposa e em pouco tempo ele também se sentava ao lado da ânfora e se deleitava com o liquido e sua re-nomeada preferida esposa. Logo ordenara aos servos que repetissem exatamente o que sua adorada esposa fizera.
A outra hipótese, para alguns é ainda mais fascinante, trata-se do mito da criação do vinho por Dionísio, mas essa contarei numa outra oportunidade...
Artigo publicado nos site TEMPERUS em 30/10/2009
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