Acabo de ler a carta aberta de Ciro Lilla contra adoção de salvaguardas para “proteger” vinho nacional e juntar os outros assuntos relacionados.
Realmente é lamentável ver o que vem acontecendo com essa jovem e minúscula indústria do vinho e muito embora seja louvável a reação dos "profissionais" do mercado temo que, como o nosso dever de casa nesse tempo foi feito de forma pouco atraente, o consumidor dificilmente chegará a ver ou ouvir. Um segmento realmente organizado estaria se movimentando muito mais e com certeza a grande imprensa e não essa de blogueiros, se faria ouvida pela população que gostaríamos de atingir.
Há muito tempo, não só eu, mas muitos outros profissionais do meio cobramos
uma atitude mais audaciosa dos dirigentes do meio, há muito tempo gostaria de ver um setor mais forte com a união "empresarial" em torno desse e de muitos outros assuntos que poderiam fazer desse mercado algo bem mais atraente para o consumidor final.
Enquanto tivermos a vaidade como força predominante as coisas não andarão e mais uma vez o governo imporá as medidas que outros setores mais organizados arquitetaram.
Quem, de fato, nos garante que essa força toda é do segmento dos grandes produtores de vinho nacional, quem sabe não tem aí uma ajuda dos fabricantes de Cerveja Premium? Elas também são fabricadas ou estão no portfólio de gigantes como Ambev e Femsa.
O Sr. Cirlo Lilla está correto em levantar sua bandeira, mas aonde estão os outros grandes empresários do meio? Por que não se organizam e vão à Brasília, por que não se reúnem (de fato) e tornam públicas essas prováveis ações e dê nomes aos bois, para que eles saiam da penumbra e defendam esse ponto de vista?
Deixem o consumidor saber o porquê dos preços tão mais altos dos vinhos no Brasil, quando comparados a outros mercados.
Ação é mais importante que palavras, senão no final o governo só leva mais uma culpa no meio de tantas e nós pagamos a conta, que já é alta e amarga.
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