“Produzir
vinho é relativamente simples, só os primeiros duzentos anos são difíceis.”
A frase histórica da Baronesa Philippine de Rothschild, dona do Chateau Mouton Rothschild,
Château Clerc Milon e Chateau d'Armailhac em Pauillac e de todas as propriedades
Baron de Rothschild marca a personalidade dessa parisiense nascida em 1933.
A filha do Baron Philip de Rothschild, não esteve à frente dos negócios da filha desde sempre, mas teve uma brilhante carreira como atriz. Formada pelo Conservatoire National d'Art Dramatique (Paris) atou na importante companhia La Comédie Française ao lado de grandes nomes como Catherine Deneuve, entre os anos de 50 a 80.
Praticamente foi obrigada, por força das circunstâncias, abraçar os negócios da família. Philippine era a filha única de um homem obstinado e incansável, tanto que entre tantos feitos, lutou muito para conseguir o reconhecimento de Premiere Grand Cru Classé mais de 100 anos após a classificação oficial de Bordeaux e passou a ocupar o mais alto grau para um vinho na França.
Foi o falecimento de seu pai que a fez assumir e se tornar a primeira dama do vinho, em 1988 e abandonar definitivamente os palcos. É bem verdade que tivemos a Madame Clicquot, séculos antes, mas apesar de sabermos que era ela quem comandava, para a sociedade era ela apenas uma herdeira com boas ideias, liderada por homens de confiança de seu falecido marido. Já Philippine estava deliberadamente à frente, o que não foi fácil.
Chamada por muitos de "A Baronesa", mas preferindo ser chamada de Madame
de Rothschild, teve que quebrar muitos tabus na indústria de vinhos, tida como
machista. Com esse estigma de primeira mulher a ocupar o cargo ela foi muito
corajosa. A filha do Baron Philip de Rothschild, não esteve à frente dos negócios da filha desde sempre, mas teve uma brilhante carreira como atriz. Formada pelo Conservatoire National d'Art Dramatique (Paris) atou na importante companhia La Comédie Française ao lado de grandes nomes como Catherine Deneuve, entre os anos de 50 a 80.
Praticamente foi obrigada, por força das circunstâncias, abraçar os negócios da família. Philippine era a filha única de um homem obstinado e incansável, tanto que entre tantos feitos, lutou muito para conseguir o reconhecimento de Premiere Grand Cru Classé mais de 100 anos após a classificação oficial de Bordeaux e passou a ocupar o mais alto grau para um vinho na França.
Foi o falecimento de seu pai que a fez assumir e se tornar a primeira dama do vinho, em 1988 e abandonar definitivamente os palcos. É bem verdade que tivemos a Madame Clicquot, séculos antes, mas apesar de sabermos que era ela quem comandava, para a sociedade era ela apenas uma herdeira com boas ideias, liderada por homens de confiança de seu falecido marido. Já Philippine estava deliberadamente à frente, o que não foi fácil.
Em seus feitos mudou nome da empresa, antes conhecida como Chateau Mouton Rothschild, para Baron Philippe de Rothschild em homenagem ao pai. Ela expandiu-se consideravelmente as propriedades de vinho da família, desenvolveu parcerias no Chile (Almaviva) e nos EUA - Califórnia (Opus One), e foi pessoalmente responsável por incluir pinturas de artistas como Dali e Picasso para a famosa etiqueta que muda ano a ano dos Moutons.
Esse
era o perfil da grande Dama, que infelizmente nos deixou na ultima sexta feira.
Com certeza sua energia e predestinação deixarão modelos para serem seguidos e
irá influenciar cada vez mais mulheres nesse maravilhoso mundo do vinho, mas
também homens abertos e dispostos em aprender a tocar negócios com
sensibilidade e coerência feminina.
A
baronesa de Rothschild era presidente do Conselho de Administração e acionista
majoritária da empresa familiar, deixa seus três filhos (entre eles uma mulher)
para continuar seu legado.
No
Brasil encontramos praticamente todos os vinhos do grupo, entre eles o
destaque: Mouton Cadet, uma das referências mundiais de Bordeaux. Não seria
justo só falar do excepcional Chataeau Mouton Rothschild, indiscutivelmente um
dos melhores do mundo, porém com acesso restrito, tanto em produção quanto
preço.
Para as
dicas reservo dois belos vinhos que encontramos no Brasil, importados pela
Devinum:
Escudo Rojo tinto - Chile – Um belo vinho para o dia a dia de consumidores que gostam de bom corpo e a companhia para as carnes e molhos. Na cor se apresenta um vermelho rubi, seu nariz é assim como o vinho bem elegante, em seus aromas de frutas escuras, destacando a cereja e a groselha e insinuantes de especiarias. Seu paladar é rico e generoso. Bons taninos e belo equilíbrio nesse blend que leva 40% Carménère , 38% Cabernet Sauvignon, 20% Syrah e 2% de Cabernet Franc, com um toque de envelhecimento em carvalho por cerca de 8 meses. Na faixa de R$ 70,00.
Escudo Rojo tinto - Chile – Um belo vinho para o dia a dia de consumidores que gostam de bom corpo e a companhia para as carnes e molhos. Na cor se apresenta um vermelho rubi, seu nariz é assim como o vinho bem elegante, em seus aromas de frutas escuras, destacando a cereja e a groselha e insinuantes de especiarias. Seu paladar é rico e generoso. Bons taninos e belo equilíbrio nesse blend que leva 40% Carménère , 38% Cabernet Sauvignon, 20% Syrah e 2% de Cabernet Franc, com um toque de envelhecimento em carvalho por cerca de 8 meses. Na faixa de R$ 70,00.
Reserve Mouton Cadet Saint Emilion
– França – Um vinho com preço (cerca de R$ 120) para representar excepcionalmente
o terroir de Saint Emilion, região responsável
por fazer os mais elegantes vinhos de Bordeaux, considerado por muitos o mais
feminino. Para mim o termo feminino
deveria ser trocado por equilibrado e aveludado, potente, porém de um
equilíbrio sedutor. Nesse corte de 90% Merlot, 10% Cabernet Sauvignon
encontramos tudo isso e muito mais.
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