Recentemente uma data inusitada foi comemorada: O Dia do Sexo!
Nossa sociedade desde tempo em que sabemos civilizada trata o sexo com tabus e outras diversas bandeiras, até a diversidade. Durante o final da idade moderna e o inicio da nossa época esse tema foi abordado por uma visão mais intimista, mais individual, o romantismo tratou de trazer uma estética menos racional, instintiva fazendo fluir uma fantasia, que culmina no erotismo dos anos 20 aos dias atuais.
Sabemos que hoje há uma cultura mais agressiva, explicita, propondo um liberalismo que muitos acreditam ser o ideal, como se o corpo fosse um território à parte da alma. Se traduzíssemos esses movimentos ao vinho, essa visão é como se dissociássemos o liquido vinho do seu produtor, ou sua origem, e teríamos um vinho pelo vinho.
Particularmente gosto da visão de prazer que o vinho nos dá, por isso a ideia de sexo pelo sexo jamais me deixou à vontade. Para ser bem honesto o sexo nu e cru é para mim como beber um vinho só para se embriagar, não tem graça!
Enfim vivemos em mundo que tentamos explicar tudo, quanto ao evento humano e manifestações naturais. Nessa medida prefiro voltar ao romantismo, onde o prazer é o foco, a relação é valorizada, muito mais que o ato. O vinho assim é muito mais sensual que sexual, melhor assim, pois não precisamos de um dia para comemorar, temos todos.
Um vinho sensual?
Deve ser aquele avesso à paixão avassaladora, vai aos poucos conquistando seu coração, para nunca mais sair. Compromete-se mais em ser mais implícito, mais intimista, suas mensagens são subliminares, não grita, sussurra! E quando se menos esperamos entra em nossas vidas para nunca mais sair.
Acredito que existe um vinho para cada ocasião e momento de nossas vidas, estes, os sensuais, são aqueles do fim de tarde, do feriado ensolarado, ou do frio à beira da lareira, é aquele que acende nossa paixão. A sensualidade dele está não propriamente nele em si, apesar de que alguns são assim, mas pelo entorno que nos é provocado...
Ouvi
pela primeira vez há uns dez anos o termo sexy para um vinho, era um português
da Casa Santos Lima, achei divertido, mas de fato era um vinho provocante. Algo
semelhante acontece quando ouvimos que um vinho é animal, ou revela uma
natureza instintiva. De certa forma
alguns vinhos tem essa característica que eu diria ser provocante e em alguns
casos realmente sexy, sejam principalmente por sua cor (os rosés tem muito), seus
aromas ou diretamente por seu paladar.
Tem até vinho que é sexy no nome, é o caso da linha de vinhos do Alentejo, do
produtor Fita Preto, com branco, tinto e rosé. São vinhos simples, porem muito
bem finalizados e excelente apresentação. O branco, disponível no Brasil, é o
Sexy Summer Edition, importado pela Confraria Carioca, é um corte de Viognier
(50%), Antão Vaz (30%) e Roupeiro (20%).De Cor amarelo com tons esverdeados, aromas cítricos. Paladar balanceado e refrescante, excelente para o clima que se aproxima.
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