Recentemente temos visto cada vez mais a presença de rótulos
europeus tão baratos quanto chilenos e argentinos. Eu mesmo nessa coluna já
mencionei que era difícil conseguirmos equiparar preços e qualidade quando
comparávamos vinhos europeus com os do MERCOSUL. O problema sempre foi a
diferença de custos e impostos, mas se isso permanece por que então esses
rótulos estão chegando?
São várias as razões, na maior parte a justificativa é
econômica, mas gostaria de destacar um aspecto bem interessante. Há cada vez
mais uma inteligência que os europeus estão usando para vender mais.
Simplesmente aproveitando a forma dos países como Chile, Argentina, Austrália,
dentre outros para também produzir seus vinhos, ou seja vinhos mais frutados e
prontos para beber. A grande diferença entre esses bloco é a qualidade da
matéria prima, a uva nesses pontos reúnem condições que propiciam melhores
rendimentos e qualidade final. À bem da
verdade europeus, principalmente de Portugal e Espanha, vem se preparando nos
últimos 20 anos para entrarem definitivamente nesse mercado de vinhos bons e
baratos. Lá atrás com a formação do bloco Europeu eles perceberam que havia um
grande filão de mercado que era vender esses vinhos para países como
Inglaterra, Franca e Itália, por mais incrível que isso pareça, mas o europeu
comum bebe vinhos de 2 a 5 euros no seu dia a dia e são muito satisfatórios.
Atingiu o sucesso esperado, assim levar esses produtos para o mundo seria
apenas uma questão de tempo, que acaba de chegar!
O mais curioso é que outros países que tradicionalmente concentravam os produtos de preços mais altos também seguiram o exemplo desses primeiros, assim Itália e França reforçam esse bloco.
Muito em breve começamos a receber mais desses produtos no mercado brasileiro, talvez seja o que falta para pularmos desses pouco mais de 2 litros per capita de consumo e ter o vinho em mais mesas brasileiras.
O que devemos garimpar:
De Portugal, os vinhos do Douro e do Dão, costumam ter uma bela estrutura, corpo e guarda por preços bem interessantes. Os vinhos do Alentejo para quem gosta de fruta e jovialidade. Da Estremadura (Lisboa e Setúbal) vinhos que estão no meio do caminho, tradição e jovialidade unidos, além dos deliciosos vinhos de sobremesa.
Para os brancos, sugiro o vinho verde, sempre o jovem possível, temos no mercado esses vinhos por menos de R$ 25.
O mais curioso é que outros países que tradicionalmente concentravam os produtos de preços mais altos também seguiram o exemplo desses primeiros, assim Itália e França reforçam esse bloco.
Muito em breve começamos a receber mais desses produtos no mercado brasileiro, talvez seja o que falta para pularmos desses pouco mais de 2 litros per capita de consumo e ter o vinho em mais mesas brasileiras.
O que devemos garimpar:
De Portugal, os vinhos do Douro e do Dão, costumam ter uma bela estrutura, corpo e guarda por preços bem interessantes. Os vinhos do Alentejo para quem gosta de fruta e jovialidade. Da Estremadura (Lisboa e Setúbal) vinhos que estão no meio do caminho, tradição e jovialidade unidos, além dos deliciosos vinhos de sobremesa.
Para os brancos, sugiro o vinho verde, sempre o jovem possível, temos no mercado esses vinhos por menos de R$ 25.
Da Espanha, vários, a região de Castilla e León tem
concentrado muitos rótulos de qualidade e preço, mas mesmo em regiões
tradicionais como Rioja e Ribeira temos também. Imagino que logo, logo teremos
também cavas sensacionais por menos de R$ 50.
França, vá para os vinhos do Rhone e Sul, como o Languedoc e
fica uma dica, pode apostar nos vinhos com a denominação “Vin de Pays”, tem
muitos vinhos que estão classificados assim mas poderiam ser AOC (apelação de
origem controlada) facilmente.
Da doce Itália, Puglia e Sicilia, concentram estrutura e
jovialidade, alguns com fundo “doce”, da zona mais central a Umbria, que faz
vinhos em alguns casos semelhantes à Toscana, mas com preços bem mais baixos e
os espumantes do norte.
Enfim, é uma realidade que comprova o ditado chinês: Crise é Oportunidade!
Enfim, é uma realidade que comprova o ditado chinês: Crise é Oportunidade!
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