O Vinho é Feminino!

Depois de uma maratona de eventos, degustações, feiras, “wine dinners” e outras atividades que venho participando nos últimos três meses, pude perceber que definitivamente o vinho entrou no dia a dia do brasileiro. 
Claro que em muitas regiões desse imenso Brasil pode haver um descompasso, mas ao menos nos principais eixos de consumo podemos afirmar que o vinho já não está mais tão distante quanto foi no passado.  Amargamos durante décadas um consumo perto de 2 litros per capta, porém rapidamente chegamos muito perto dos 3, isso é ótimo e com certeza esse crescimento econômico da classe C contribuiu muito, mas intimamente acredito que esse crescimento vem muito da participação e inclusão definitiva da mulher.

Esse meu sentimento vem fundamentado pela participação e observação efetiva.
Fazia algum tempo que não participava diretamente de uma feira, mas esse ano estive muito próximo do público por dias seguidos, assim pude sentir como o consumidor vem se comportando.
O lado masculino continua pouco alterado, mas já há uma aceitação de vinhos mais leves e até ligeiramente doces, além dos espumantes que geram muito mais interesse que tempos atrás. Já as mulheres, essa parte sim vem mudando muito.
Creio que não podemos mais afirmar “esse é um vinho para mulheres”, apesar de ainda ter muitas mulheres que gostam dos “docinhos” muitas já se definem como amantes dos vinhos corpulentos, com bela acidez e taninos rigorosos. Há algum tempo já detectávamos que cerca de 50% da escolha dos vinhos cabiam às mulheres, me parece que esse número tinha muito a ver com a compra, onde a mulher era passiva na escolha, participando mais da compra em si. Hoje creio que esse número espelha efetivamente a escolha.

Percebi casos em que o homem buscava os vinhos jovens e frutados enquanto as mulheres os densos e encorpados, bem significativo quando pensamos justamente nesse avanço. Outro fato importante é que temos muito mais vinhos de boa qualidade na faixa de até R$ 50,00.

Sem dúvida a mulher tem um algo mais quando falamos em sensibilidade, mesmo aquelas que conhecem pouco, suas habilidades naturais são mais interessantes que as dos homens em igual condição. Conseguem distinguir qualidades nos vinhos com boa precisão e principalmente identificam estilos com mais propriedade, leveza e elegância.


O bom desse comportamento é que se torna irreversível, e podemos dizer: “Em casa quem escolhe é ela!”

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