Marca própria, marca?


Você já se deparou com um vinho de marca própria?

A não ser em casos óbvios como, por exemplo, os vinhos de restaurantes com o mesmo nome, caso do Outback é sempre difícil identificar o que é uma marca criada especificamente para um estabelecimento ou importador local.
A ideia da marca própria ganhou força nas redes de supermercados cujo objetivo era liderar marcas apostando em uma marca criada exclusivamente para determinada rede e assim ganhando em escala e eliminando qualquer concorrência em si.

Segundo pesquisas em grandes mercados como EUA e Inglaterra os vinhos dessa categoria representam cerca de 5% das vendas, mas os consumidores não reconhecem o produto como marca própria. A diferença dos produtos “alimentícios” ou de limpeza  para os vinhos é que normalmente a rede não utiliza a mesma marca, caso por exemplo do grupo Pão de Açúcar cuja marca própria é Qualitá, mas no caso dos vinhos assina Club des Sommeliers.
No que diz respeito ao assunto dentro das importadoras é ainda mais difícil reconhecer se uma marca é exclusiva ou internacional. Algumas marcas famosas como a do espumante italiano Valdorella foi criada pelo importador (no caso a Bruck) com o firme objetivo de não correr o risco de se perder a marca ao longo do seu trabalho, sob a mesma marca a importadora criou outros vinhos de diversos países. A Domno, divisão de importados da gaúcha Casa Valduga também criou sua marca com os vinhos chilenos Quíchua.


Mas o que se ganha com essas ações, como se constrói uma marca?
Posso falar por experiência própria, ao longo da minha carreira como homem de marketing criei algumas, a última foi para uma importadora de Curitiba (MMV) e seu vinho Felitche.
De modo conceitual quando estamos diante dessa ação se busca várias coisas, identidade, faixa de preço, qualidade e também a previsão de manutenção do produtor com preços competitivos. Habitualmente o marketing dessas empresas, sejam lojistas, restaurantes ou importadores  ganham em escala pois negociam preços para um lote de vinhos, no caso dos importadores como a marca é deles se algo acontecer com o fornecedor (como aumento inesperado ou queda de qualidade) ele pode negociar com um novo.
Para o consumidor a vantagem é bem interessante pois podem consumir um produto cujo preço é inferior as marcas concorrentes.

Como não é fácil reconhecer se o produto é marca própria no final que decide se a marca marca  e permanece é o consumidor!

Dica:
Prosecco Valdorella – na faixa de R$ 60,00 – Produzido pela italiana Contarini, é um espumante de cor amarelo palha brilhante com tons esverdeados. Aroma de maçã verde e abacaxi frutado e fresco. Sabor leve e refrescante com ótima acidez. Ideal para todas as refeições e festas.

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