Sei que vivemos um tempo complicado e é preciso muita energia
e criatividade para vencer as barreiras impostas pela tal crise que assola
nosso país, mas é preciso admitir que muitas vezes as inovações, viram
invenções e excesso.
Particularmente acredito que o vinho nasce pronto, ele apenas
evolui se esse for o destino dele, se for bem feito e principalmente se tiver
DNA para isso, não dá para recriar nem forçar a barra.
Conversando com amigos sobre confrarias trocávamos ideias
sobre os vinhos e aí surgiam temas variados, vinhos de lugares como Peru
(consta ser o primeiro produtor da América latina, graças aos Incas), Bolívia,
a crescente produção do México, as novidades como os vinhos feitos no Estado de
São Paulo (Espírito Santo do Pinhal – vinícola Guaspari), ou os vinhos Luiz
Porto do sul de Minas Gerais com ciclo invertido (se colhe no inverno), enfim
eles me convidavam para fazer parte dessa confraria que gosta desse tipo de
curiosidades e novidades.
Gosto muito de novidades, aprecio quando se faz um belo
trabalho de marketing, promoção, acho muito bacana quando se dá um tiro
certeiro, caso do Toro Loco, ou esses inusitados vinhos para se tomar com gelo,
Möet Ice, do Rosé Piscine, e até o recente lançamento Blanc de Bleu (um espumante da California, feito com
chardonnay e um toque de mirtilo, que o deixa azul, é seco e o mirtilo não
interfere muito no sabor), mas até que ponto vale a pena ?
Costumo provar sempre essas inovações e até os inusitados, alguns até aprovo, mas algumas coisas são difíceis, caso de uma oferta de vinhos alemães (brancos) com churrasco, sinto muito, mas isso é demais.
Lembro-me de um colega de trabalho querendo me convencer que
feijoada ia bem com tinto da Borgonha, também (hoje) sinto muito, mas
perderíamos a oportunidade de aproveitar bem duas iguarias, feijoada vai bem no
máximo com espumante, mas prefiro caipirinha e cerveja, já os tintos da
Borgonha com as caças.
Se é inovação, invenção ou excesso acredito no caminho
natural: o mercado, o consumidor é quem
determina esse limite.
Dica de consumo:
Provei com o enólogo da Luiz Porto Vinhos vários dos seus vinhos, todos bem feitos alguns me agradaram muito (caso dos espumantes) outros nem tanto.
Da prova um vinho que me deixou muito feliz foi o Luiz Porto Chardonnay, bela tipicidade, longo e muito agradável (como a distribuição ainda é pequena encontrei em um site – celebraivinhos.com.br – por 59,00).
Provei com o enólogo da Luiz Porto Vinhos vários dos seus vinhos, todos bem feitos alguns me agradaram muito (caso dos espumantes) outros nem tanto.
Da prova um vinho que me deixou muito feliz foi o Luiz Porto Chardonnay, bela tipicidade, longo e muito agradável (como a distribuição ainda é pequena encontrei em um site – celebraivinhos.com.br – por 59,00).
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