Meu caro leitor já deve ter notado que não sou um grande fã
das pontuações de guias e revistas especializadas, sinceramente não acredito
que uma nota faça o vinho agradar alguém, afora a influência psicológica (de
sabermos de antemão que o vinho “x” é pontuado) nada mais nos garante que o
paladar desse ou daquele vinho vá nos impressionar. No entanto, um guia vem, ao
longo desses últimos anos, chamando minha atenção, trata-se do “Descorchados”
(em bom português seria desarrolhados) nascido em 1999 no Chile como uma
simples revista e sem nenhuma verba de produtores ou importadores, desde então
conduzido pele experiente enólogo chileno Patricio Tapia vem ganhando corpo ano
após ano. Inicialmente só falando de vinhos chilenos, o próprio editor que não
gosta de notas teve que se render a linguagem “criada e imposta” pelos críticos
norte-americanos e europeus e também avaliar com notas de 0 a 100.
Hoje o guia já avalia, além dos chilenos, vinhos argentinos,
brasileiros e uruguaios. Gosto do trabalho elaborado por Tapia, recentemente
firmou uma parceria com a Inner (editora que também publica a revista Adega) e
lança o guia em português.
É claro que ele fala coisas que já sabemos e é isso que me
chama atenção, temos um guia que vem conhecer o que bebemos, temos muito mais
familiaridade com suas listas que outros guias e ainda começa a falar também do
que produzimos (veja o texto abaixo).
A meu ver um guia precisa dessa familiaridade, por exemplo, os 10 melhores vinhos tintos do guia desse ano, podem, em sua maioria, serem encontrados aqui no Brasil, isso sem falar dos espumantes brasileiros que teve o PIZZATO VERTIGO NATURE 2013 (R$ 180-200) como o melhor produzido por aqui.
A meu ver um guia precisa dessa familiaridade, por exemplo, os 10 melhores vinhos tintos do guia desse ano, podem, em sua maioria, serem encontrados aqui no Brasil, isso sem falar dos espumantes brasileiros que teve o PIZZATO VERTIGO NATURE 2013 (R$ 180-200) como o melhor produzido por aqui.
“Este já é o segundo ano que
no Descorchados nos dedicamos a analisar
os espumantes brasileiros. E foi um passo lógico. Como o guia do Sul-americano
que quer ser, Descorchados tinha que dar espaço para essas bolhas, vinhos que
pouco a pouco, sobretudo, nos últimos dez anos temos visto um enorme progresso.
E, embora a qualidade dos espumantes ainda é irregular, os que são bons se
colocam facilmente entre os melhores que podem ser encontrados na América do
Sul.”
Para os próximos anos
é possível que já haja uma avaliação também dos tintos brasileiros. Por
enquanto o guia vem mostrando que tem bons indicativos para se chamar de seu.
A edição chilena já está disponível, a brasileira está previsto o lançamento para o dia 21 de março.
O lançamento vem em um grande evento cujo o passe é a compra do exemplar por R$ 120,00 através da pre-venda no site lojaadega, quem compra participa e contará com a exposição de cerca de 75 vinícolas do Chile, Argentina, Uruguai e Brasil e anda com a presença dos grandes enólogos que estão produzindo seus vinhos na América do Sul.
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