Cores imagens, cores...as cores e mais amores, são trechos da
música de Marisa Monte “Perdão Você”,
e em outro trecho ela canta: “Sei que a tendência; Anda nas frestas; No decidir da
mente”.
Quando falamos classicamente do vinho, dizemos que podem ser
tintos, brancos e rosados, tranquilos, espumantes ou doces, no entanto, se é tendência,
moda, inovação ou invenção, o fato é que
estamos nos deparando cada vez mais com novidades, muitas vezes pitorescas e
por vezes novidades que nem são tão novas.
Há também uma febre chamada “vinhos laranjas”, essa já é uma
novidade não tão nova, pelo contrário, criada na, que conhecemos hoje, como
República da Georgia há cerca de 5 mil anos, trata-se de um vinho branco
vinificado como um tinto, ou seja as cascas permanecem junto a mosto
transferindo cor e taninos, além do processo se realizar em ânforas de barro
(na forma ancestral eram tapadas com cera de abelha). Atualmente o norte da
Itália (no Friulli) é responsável pela disseminação deste produto, que eles
preferem chamar de vinho “Âmbar”, produzido principalmente com a uva Ribolla
Giala. Podemos encontrar alguns rótulos na importadora Decanter (por valores de
R$ 120 a R$650). Virou febre, pois muitos sommeliers entendem que esse vinho
pode ser harmonizado com uma gama maior de pratos, desde as carnes brancas até
as caças.
Para encerrar esse capitulo das paletas de cores, ainda temos o “vin jaune” ou vinho amarelo, alguns o
chamam erroneamente de vinho de jerez
francês, porém apesar de terem algumas semelhanças são vinhos diferentes. A
semelhança fica pela oxidação positiva, mas para aí. O Vinho amarelo feito no
Jura (leste da França) a partir da uva Savagnin e com um processo único onde o
vinho é estagiado em barricas por seis anos e é propositalmente deixada uma
parte da barrica sem vinho para que as leveduras continuem em contato com o
vinho (criando a famosa oxidação positiva). O resultado é um vinho muito
prazeroso, com aromas e sabores de frutas secas, cogumelos, mel e toffee. A curiosidade é que esses vinhos que podem
ser guardados por um século, é, normalmente, comercializado em garrafas de tamanho
especial chamadas “clavelin”, com 620 ml (exatamente a quantidade restante de
cada litro de vinho deixado na barrica para fazer o Vin Jaune, isso após
evaporação durante os seis anos de espera).
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