No final da década de 70 foi lançada, aqui no Brasil, uma
coleção da editora Ática chamada Para
Gostar De Ler, a ideia era levar ao público grandes escritores e, como dizia
o título, aguçar o gosto pela leitura e a literatura.
No vinho vimos algo semelhante no final dos anos 80 com os vinhos da garrafa azul.
No vinho vimos algo semelhante no final dos anos 80 com os vinhos da garrafa azul.
O primeiro livro da coleção era um livro de crônicas dos consagrados Rubem
Braga, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos e Carlos Drummond de Andrade, uma
doçura de leitura, assim como esse vinho alemão Liebfraumilch, essa edição
vendeu muito e o vinho também.
A coleção vendeu milhões de exemplares em seus 47 volumes e o vinho abriu a
porta para muitos outros, como os Concha Y Toro reservado, Marcus James,
Almadén, Forestier, Bon Sol e outros...
Nesse tempo um clássico era o vinho português Mateus Rosé,
era chic, um pouco caro e no Brasil estávamos dando os primeiros passos para o
consumo popular.
Logo surgiu a figura do especialista decretando que vinho bom
era seco e isso afastava o consumidor que de amarga já bastava a vida...
Apesar de seco e amargo serem bem diferentes, ao longo do tempo o consumidor que queria entrar no vinho optava pelos “menos secos” ou suaves (doces), mas, na verdade o que sempre quiseram eram os vinhos de corpo mais leves, com uma ligeira doçura.
A quebra da ditadura do vinho seco veio muito pelo excelente vinho do porto e as pessoas passaram a tomar “um cálice” depois das refeições.
Hoje em dia, temos muitas opções de vinhos “demi-sec” ou semi secos de qualidade, principalmente os que tem chegado de Portugal, caso por exemplo do vinho Olaria (encontrado por cerca de $50) e também os vinhos italianos da região da Puglia com a uva primitivo, esses são assim pela característica do vinho, têm um corpo e taninos bem interessantes, mas com um final de boca ligeiramente doce e ainda podem ser encontrados por cerca de R$ 35 e não vêm com a inscrição “suave”.
Apesar de seco e amargo serem bem diferentes, ao longo do tempo o consumidor que queria entrar no vinho optava pelos “menos secos” ou suaves (doces), mas, na verdade o que sempre quiseram eram os vinhos de corpo mais leves, com uma ligeira doçura.
A quebra da ditadura do vinho seco veio muito pelo excelente vinho do porto e as pessoas passaram a tomar “um cálice” depois das refeições.
Hoje em dia, temos muitas opções de vinhos “demi-sec” ou semi secos de qualidade, principalmente os que tem chegado de Portugal, caso por exemplo do vinho Olaria (encontrado por cerca de $50) e também os vinhos italianos da região da Puglia com a uva primitivo, esses são assim pela característica do vinho, têm um corpo e taninos bem interessantes, mas com um final de boca ligeiramente doce e ainda podem ser encontrados por cerca de R$ 35 e não vêm com a inscrição “suave”.
O curioso é que a Puglia foi durante muito tempo um
fornecedor de vinho a granel para regiões nobres como a Toscana. Seus vinhos
eram usados para complementar cortes, graças ao seu corpo, doçura e cor, porém
com o aperto do controle e fiscalização - depois de alguns escândalos, principalmente
com o Brunello di Montalcino (se adicionava muito mais vinho que o permitido),
esses vinhos começaram a ser engarrafados com marcas locais. O grande produtor
de sucesso é o grupo Farnese, que possui mais de 10 vinicolas e várias marcas
espalhadas pelo mundo. Por aqui usa a própria Farnese e também a Fantini e tem
seu ícone chamado Sessantanni Primitivo Di Manduria (na faixa R$ 300-400).
Para gostar de vinho é preciso simplicidade e principalmente começar, e continuar bebendo o que mais te agrada!
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