Quase um mês atras nos despedimos desse inverno. Durante anos esse foi um dos
invernos mais intensos que tivemos. Como tudo nesse vida, há sempre o lado bom,
pudemos provar muitos tintos comendo pratos mais condimentados, deixamos um
pouco a leveza de lado e demos lugar aos mais encorpados, porém como todo ciclo
esse se encerra e damos inicio aos novos coloridos, novos aromas e por que
não dizer o frescor da primavera.
Lembro que no primeiro artigo que escrevi no Jornal "A Tribuna" trouxe para a coluna a ideia de tratar o vinho de maneira simples e prazerosa e até crie um slogan” onde a informação, pode ser boa, mas melhor sempre é o vinho!” Essa ideia é bem primaveril, tudo acontece aos nossos olhos, uma beleza simples, mas muito prazerosa e o melhor sempre é aproveitar. Temperaturas mais altas, mas nem tanto quanto o verão, coloridos de flores e frutas da estação, passamos a nos despir de roupas pesadas, enfim nos refrescamos ainda mais, de corpo e alma.
Despeço-me desse inverno e brindo à primavera com o melhor
de todos os brancos: o chardonnay, para mim o vinho da primavera, embora branco
é intenso de corpo e de sabor, já no nariz pode revelar notas cítricas às
balsâmicas, podem ser muito joviais ou maduros, e o melhor tudo: o mundo do
vinho inteiro o produz, alguns com maestria, outros apenas na média, mas em sua
maioria nos brindam brilhantemente à primavera. Não à toa o melhor espumante do
mundo também leva Chardonnay, agora com letra maiúscula, pois Champagne é para
quem sabe, para quem gosta de verdade. Também com letra maiúscula o melhor lugar
onde se produz: Borgonha!
Foi justamente da Borgonha que provei o melhor da minha vida um Domaine
Romanée-Conti Montrachet, me fiz um felizardo e com esse vinho aprendi a
balizar vinhos pela origem, proposta e preço.
arquivo pessoal (instagram) |
Uma excelente primavera e que todas as estações sejam generosas com todos!
Para comemorar à chegada da primavera bebi um belo vinho, que é também minha dica:
Chablis Premier Cru – AOC - Les Fourneaux, importado pela Anima Vinum, na faixa do R$ 200,00. Um belo Chardonnay, de uma das sub-regiões da Borgonha a Chablis, que a meu ver faz os mais alegres e intensos chardonnays de todas as regiões. Esse não foi diferente: além de amplo e generoso, tanto em frutas quanto no paladar, é repleto de frescor, com belas notas minerais e um final de boca longevo.
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