Ainda estamos em abril...
Uma dessas datas que não sabemos ao certo, segundo o que pesquisei, a data nasceu na França no começo do século XVI, o ano novo era festejado no dia 25 de março, inicio da primavera, essas festas duravam uma semana e terminavam no dia 1 de abril. Ocorreu que em 1564, depois da adoção do calendário gregoriano, o rei Carlos IX de França determinou que o ano novo seria comemorado no dia 1 de janeiro. Alguns franceses resistiram à mudança e continuaram a seguir o calendário antigo, pelo qual o ano iniciaria em 1 de abril. Gozadores passaram então a ridicularizá-los, a enviar presentes esquisitos e convites para festas que não existiam. Essas brincadeiras ficaram conhecidas como “plaisanteries”.
O fato é que a ideia é uma forma sarcástica de desvirtuar uma realidade existente, e às vezes a mentira é tão bem contada que até acreditamos, nem que seja por um instante.
De forma moderna temos a ideia de mitos ou verdades, são aqueles boatos que tanto falados, supomos ser a verdade.
No mundo dos vinhos temos alguns bons exemplos.
Durante um bom tempo por aqui tínhamos pouca literatura e aí surgiam muitas dessas “mentirinhas”.
Lembro-me de uma espetacular, me falaram que no Chile para imitar os aromas animais nos vinhos colocam animais mortos para dar essa conotação, o incrível é que para muitos esses aromas são de “raposa molhada”.
Nessa mesma linha de se colocar algo no vinho tem a história dos chips de carvalho (pequenos pedaços ou raspas da madeira) que se juntavam ao vinho nos tanques para dar essa sensação de madeira, isso é verdade apesar de proibido nos países mais sérios como França e Itália, a prática foi deflagrada na Franca e continua a ser utilizada em países como a Austrália.
Outra “estória”, jamais comprovada ou admitida publicamente, é sobre o docinho vinho alemão Liebfrauenmilch, um sucesso no final dos anos 80, diziam que nem era vinho de uva e sim feito de maçã e outras frutas e muito menos feito na Alemanha e sim na África do Sul.
Por outro lado muitos diziam que o robusto vinho italiano Brunello de Montalcino tinha no seu corte uvas em quantidade não permitidas e durante anos isso era dito “a boca pequena” até que a policia italiana realmente confirmou, não só essa presença, mas ainda pior usavam vinho a granel do sul da Itália para ser incorporado.
Enfim tem muitas estórias desde a produção até as práticas de serviço e degustação que são usadas talvez para “glamourizar” o conhecimento, mas que de fato, não são fatos!
O que importa nesses tempos tão bicudos é que podemos aproveitar até o da mentira para nos divertimos um pouco, e como já disse um filósofo se não pudermos dar risada e bebermos uma taça de vinho, a vida perde a graça.
Feliz dia da mentira!
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