Encontrar amigos e beber bons vinhos é algo prazeroso, quando
casual deixa o encontro animado e descontraído, porém realizar um encontro
profissional em torno do vinho, é esperado ser mais sisudo, essa com certeza
não foi a impressão. A Confraria Vinhos do Brasil abriu nesse último dia 14 seu
segundo ano de atividades com uma bela reunião, séria, pauta bem definida,
porém num ambiente muito favorável, um verdadeiro encontro entre amigos, um
encontro de Confrades!
O tema, Vinhos do Paraná, explanado pelo confrade Daniel Rugani trouxe muitas surpresas ao grupo: Saber que o Paraná produz tanto quanto a importante histórica, porém ainda emergente região do sul de Minas Gerais deixa claro que o Brasil vem constantemente modificando seus cenários e seus atores, produzindo novidades em vinhos que podem se destacar em poucos anos - é o caso dos vinhos de Santa Catarina, que em menos de uma década explodem em qualidade e repercussão. Curioso ainda saber que há uma considerável concentração de produtores na região metropolitana de Curitiba, em um raio de apenas 40 km podemos encontrar boas instalações e vinhos, e graças a essa concentração uma rota do vinho está pronta.
Nessa rota encontramos as vinícolas: Araucária (São José dos Pinhais ), Franco Italiano (Colombo), Legado e Zanlorenzi (Campo Largo), Família Fardo (Quatro Barras), Cave Colinas de Pedra (Piraquara) e ainda em Curitiba a centenária e folclórica vinícola Santa Felicidade e a Durigan. Já um pouco mais distante temos a vinícola RH em Mariópolis (cerca de 400km da capital) , que só produz espumantes (usando sangiovese nos cortes), e a Dezem, pioneira em vinhos finos, localizada em Toledo (cerca de 550 km da capital).
A produção do Paraná ainda detém uma marca importante,
é nesse estado que se encontra a vinícola La Dorni (400 km de Curitiba), a
primeira a produzir vinhos sem álcool em toda América Latina, mesmo usando
uvas de mesa esses produtos são muito procurados e apreciados graças à sua
aplicação e como eles dizem poeticamente, é como produzir uma rosa sem
espinhos.
Enogastronomicamente falando, a Osteria Generale, unidade da Fausto Ferraz (restaurante que nos recebeu para o encontro) foi impecável no serviço e gastronomia, com seu pão italiano fresco, bem cortado, queijo grana padano e o fusilli à calabresa ( e sem calabresa para os vegs da noite) , servidos nos momentos adequados acompanhando os quatro vinhos (Franco Italiano Sincronia Shiraz 2014, Família Fardo Casa Cabernet Sauvignon 2011, Família Fardo Casa Tannat 2011 e Legado Sfizio Merlot (corte de safras 13/14/15), o azeite, surpresa, da vinícola Guaspari (bem interessante, fresco, feito com azeitona arbequina, porém segundo a especialista Mikaela, deve ter sido colhida tardiamente, fato que não o deixou ainda mais incrível) e a Grappa Bianca da Família Fardo bem harmonizada com a torta de limão e o café na sequência.
Uma noite divertida, repleta de conteúdo, bons vinhos e troca de experiências graças aos confrades Daniel Rugani (expositor da noite), Renata Guidoti, Wilson Carraro, capitaneados pela sua presidente Mikaela Paim e os convidados Astor Silva e Umberto Facchinei, além desse que escreve.
Detalhes, sempre importantes!
Faça seu roteiro, conheça as vinícolas.
Saiba mais:
Enoturismo Paraná
5 vinícolas próximas a Curitiba para visitar e provar um bom vinho
xvcuritiba.com.br/5-vinicolas-proximas/
turismo.curitiba.pr.gov.br/conteudos/vinicolas/151
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