Seu futuro não era incerto,
não havia Legião, nem Urbana, não mais.
Geração coca-cola? Não!
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Manoela era doce, naquele tempo nem sonhava que se tornaria
uma das mais referenciadas sommeliers do Brasil.
Seus princípios, os da boa alimentação, saudável, vegetal, muito mais vegetal,
habitavam. Didier para ela, era um ritmo de samba, melhor; pagode. Dagueneau, ah...
esse viria muito mais tarde, um conceito difícil de explicar para aqueles que
não conheciam a tal da biodinâmica de Rudolph Steiner, mas o orgânico, mais
fácil: tudo sem agrotóxico, bem saudável!
Manoela se especializou, mas vegetariana, como combinar os
pratos condimentados e a base de carnes?
Simples, o próprio vinho respondeu: degustar sem engolir, entender sua textura, estrutura, pensar na harmonização.
Simples, o próprio vinho respondeu: degustar sem engolir, entender sua textura, estrutura, pensar na harmonização.
Um pouco de desconforto pelo exímio da profissão!
Manoela não parou por aí, aprendeu sobre o efeito das luas e as peripécias para produzir biodinâmicos, viajou para conhecer os vinhos selvagens, naturais e ama os orgânicos, aliás, sua bandeira, os defender daqueles que os acham insossos: “Não são não, muito pelo contrário...Um bom vinho não se reconhece pela sua forma, mas pelo prazer que ele nos presenteia, deixe apenas que se faça presente” – brada em bom tom!
Manoela é uma das personagens que hoje vemos muito. Cada vez
mais pessoas se tornam adeptas de alguma forma de alimentação saudável, seja
pelo corte parcial de alimentos, seja por uma nova filosofia ou nos casos mais
agudos; os veganos!
O curioso é perceber que se tratando dos vinhos, evidentemente a preferência é por vinhos orgânicos ou biodinâmicos, mas como disse é preferência. Não ocorre: “Só tem carne, não como carne, não como nada”, pelo contrário bebe-se o vinho “gnow” (termo usado para identificar o estranho ao universo natural, orgânico), sem nenhum constrangimento.
O curioso é perceber que se tratando dos vinhos, evidentemente a preferência é por vinhos orgânicos ou biodinâmicos, mas como disse é preferência. Não ocorre: “Só tem carne, não como carne, não como nada”, pelo contrário bebe-se o vinho “gnow” (termo usado para identificar o estranho ao universo natural, orgânico), sem nenhum constrangimento.
O vinho é essencialmente natural, assim como também é a nossa forma de se alimentar, acredito que esse movimento, muito em breve deixe de ser uma bandeira e passa a ser um costume social, onde não comer o saudável vira “gnow”, o que nos leva a pensar que também comecem a surgir mais vinhos dentro do estilo, não só orgânicos, mas com corpo, acidez, textura e sabores, ligados aos pratos mais leves, sem carne e menos cozidos.
Não há como voltar, por quê?
Essa já é a volta, agrotóxicos e outros bichos é algo muito moderno, ou nossos antepassados tinham alguma receita que não a de plantar e comer naturalmente?
Essa já é a volta, agrotóxicos e outros bichos é algo muito moderno, ou nossos antepassados tinham alguma receita que não a de plantar e comer naturalmente?
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