por: Alexandre Santucci
Há alguns instantes recebi a mensagem de uma amiga pedindo
indicação de vinhos BBB (não do big
brother, mas Bom, Bonito e Barato).
Quem me acompanha sabe que bebo vinhos sem descriminação, já bebi os mais caros do mundo e também os mais baratos, por puro diletantismo (o que mais acontece) ou exclusivamente por força do trabalho. Por isso também que acabo recebendo, com alguma frequência, essa demanda. Curioso é que na sequencia ela me diz receber, semanalmente, ofertas de vinhos e kits, mas que desconfia (da qualidade) por conta dos “espetaculares” descontos...
Quem, dos que gostam e compram vinhos, não recebe essas ofertas, por e-mail ou pelas mídias sociais?
Particularmente acho até engraçado, mas de fato é vergonhoso!
Quem me acompanha sabe que bebo vinhos sem descriminação, já bebi os mais caros do mundo e também os mais baratos, por puro diletantismo (o que mais acontece) ou exclusivamente por força do trabalho. Por isso também que acabo recebendo, com alguma frequência, essa demanda. Curioso é que na sequencia ela me diz receber, semanalmente, ofertas de vinhos e kits, mas que desconfia (da qualidade) por conta dos “espetaculares” descontos...
Quem, dos que gostam e compram vinhos, não recebe essas ofertas, por e-mail ou pelas mídias sociais?
Particularmente acho até engraçado, mas de fato é vergonhoso!
Pergunto, como alguém re-vende um vinho de R$ 528 por R$ 199 (+ de 62% de desconto - oferta real e recente) ou 3 vinhos por R$99,90 (com 70% de desconto)?
Se vende, porquê não vendia mais barato antes? Explico, não é real.
A conta é muito simples: se um produto é vendido, por exemplo, à R$ 100,00, de maneira geral ele custou ao comerciante cerca de R$ 65,00, portanto o máximo que se daria de desconto são 35% para não se ganhar nada, pior ter prejuízo, pois há custo fiscal, manuseio, aluguel, funcionário...
Enfim para ser razoável e vender sem ganhar nada o máximo de descontos gira em torno de 25%, isso demonstra respeito ao consumidor e seriedade em seu negócio.
Há outra possibilidade, a de o fornecedor intencionalmente negociar um valor especial e digamos que este seja o importador ou produtor do vinho. Nesse caso pode ser que a margem seja maior, então para o mesmo produto, digamos que o venda pela metade do preço: R$ 37,50; voltando às mesmas margens e fixado o preço ao consumidor R$ 100,00 e para não perder dinheiro o desconto máximo é de? : 62,5%! Claro que não, pois assim o vendedor não ganharia nada, pelo contrário teria prejuízo (tem todos aqueles custos...), então para que tenha uma margem minúscula (que fatalmente o levará a falência) esse desconto seria no máximo de 50%.
Concluindo, como aprendi nos EUA, não existe matemágica, um produto tem um valor, e se seu valor se desvia muito para mais ou para menos é sinal que seu preço foi artificialmente forjado para dar a impressão vantajosa ao consumidor. Descontos sadios, em boas Ofertas, giram em torno de 10% a 20% quando muito bem negociados ou para o caso de quantidades volumosas.
Na dúvida, procure referências nos pontos de vendas, sites ou com uma simples busca na internet!
Agora, porque o vinho é caro no Brasil? Uma boa pergunta!
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