por Alexandre Santucci, nov 2019
Neste ano chego ao 25º ano ligado ao mundo do vinho. De fato percorri um longo caminho com passagem por importantes e respeitadas empresas desse segmento. Trabalhei com importadoras, produtores nacionais, brookers, lojistas enfim atuei praticamente em todas as frentes.
Carrego em minha história um saldo amplamente positivo, digno de orgulho.
Na Expland importadora, onde iniciei em 1995 era apenas um jovem com sonhos e
ambições, não exatamente de ficar rico, mas de construir uma carreira. Essa
empresa me deu a oportunidade de ampliar horizontes, adquirir conhecimento,
viajar, conhecer pessoas e crescer. Junto com colaboradores criamos uma
estratégia que nos levou do US$ 0,00 aos US$ 4 milhões em um ano e meio. Parece
muito não é? E era sim. No shopping onde
estava essa unidade chegamos a incrível marca de sermos responsáveis pela
metade do fluxo de pessoas durante quase um ano. Anos mais tarde criei o
Descomplicando o Vinho e pela importadora que trabalhava rompemos o status quo e fomos o primeiro importador
brasileiro a praticar preços em Reais, uma estratégia bastante ousada que não
parava por aí, mas também passamos a modelar a forma de praticar preços
possibilitando a vendas nos 3 canais de atendimento: Consumidor Final, on e off
Trade.
O Brasil não é um país fácil para negócios dessa natureza,
jamais foi fácil vender vinhos,
criar marca então, menos ainda. Participei da história de algumas: Domaine Saint Marie, World Wine, Reloco, Rosé Piscine, Los Gatos... e a exclusivamente minha: “Descomplicando o Vinho”.
criar marca então, menos ainda. Participei da história de algumas: Domaine Saint Marie, World Wine, Reloco, Rosé Piscine, Los Gatos... e a exclusivamente minha: “Descomplicando o Vinho”.
As grandes e importantes Mistral, Decanter, La Pastina, Casa
Flora, e mais algumas ralaram para construir suas marcas, elevar sua reputação
e posso afirmar não é do dia para a noite, mas o que muito vi ao longo desse
caminho foi aventureiros e irresponsáveis, os que miravam os resultados dos
grandes empresários, mas esqueciam de enxergar a caminhada. A única ação que os
movia era a sanha de enriquecer do dia para a noite, não é assim que funciona!
O mundo do vinho e de muitos outros mercados, principalmente
os de luxo, são glamorosos sem dúvida, mas na raiz não deixa de ser um mercado
e deve-se seguir regras para ser bem sucedido.
Para se construir cenários, marcas, disputar mercados,
posicionar produtos no ponto de vendas, ROI, etc., leva tempo.
Como um vinho que começa seu projeto do zero, com muita “sorte”,
competência, planejamento, o investidor levará cerca de 4 anos para ver seu
primeiro vinho engarrafado, uma loja de vinhos ou uma importadora dificilmente
chegará ao equilíbrio em menos de 2 anos.
Portanto não há como Colher sem Plantar ! É um ciclo que
precisa ser cumprido, perceba: depois de semeado é necessário acompanhar,
regar, planejar, observar, aguardar as estações e só depois colher, tem mais,
agora é preciso posicionar, vislumbrar a marca, investir tempo, trabalho e mais
uma série de ações e Vender.
Já disse que qualquer
pessoa pode ser vendedora, porém ser um bom vendedor significa estar bem
preparado para a função, não é só talento. Se o Pelé não treinasse tanto seria
um jogador médio, ele foi genial por aliar talento e técnica e isso é que mais
vemos nos mercados, vendedores simpáticos, porém sem “time”, sem assunto, sem conhecer seu próprio produto, suas aplicações
e seu mercado e assim como no futebol tem o perna de pau, aquele cara que sabe
tocar a bola, mas não sabe o que fazer com ela, no mundo das vendas há o “tirador
de pedido”.
Não há como vencer sem lutar, nem Colher sem Plantar!
#mistral #decanter #lapastina #casaflora
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