Ontem consegui separar agenda para assistir a Live intitulada: O LUXO NA TAÇA WINES OF CHILE - SÃO PAULO, organizada por Wines of Chile e ABS-SP, capitaneada por Cristina Neves.
Belos vinhos foram apresentados, senti que mais pessoas poderiam ter assistido, senti também não ter percebido os importadores desses belos vinhos.
Ao final da transmissão quando aberta para perguntas, indaguei:
Há uma informação para todos os produtores sobre os vinhos de alta gama, em termos de posicionamento no Brasil? Qual a importância do Brasil no mundo e quais os planos para tornar esses vinhos mais conhecidos aqui?
À primeira pergunta e segunda perguntas Angelica Valenzuela (Wines of Chile) já havia respondido, posto que o Brasil se tornou o principal destino das exportações chilenas, e como sabemos o país é líder dos vinhos importados em nosso território e também detém 33% das marcas de maior valor (10 em 30).
Mas quando falamos de marca, posicionamento, enfim o marketing?
As respostas são evasivas e eu entendo bem porque isso acontece, em realidade não há nada errado em não ter respostas, a questão reside em como nosso mercado de vinhos está organizado.
link para assistir |
Quem estava assistindo?
Será que consumidores se interessam pelo tema?
O trade foi chamado?
Onde encontramos esses vinhos, essas marcas?
Há penetração em mídias, tradicionais ou sociais?
Talvez a forma como posicionamos o vinho lá atrás é que está confusa hoje, digo nós porque fiz e faço parte. O vinho não é um produto de luxo, alguns vinhos estão no mercado de luxo, mas não é o mercado dele.
Assim como a comunicação dos automóveis deveríamos estar mais atentos em como nos comunicar nesse mercado e a comunicação é o topo da pirâmide no planejamento estratégico das marcas.
A responsabilidade não é da assessoria de imprensa, nem dos meios de comunicação (eles reproduzem o que lhes é entregue) é dos importadores, produtores e brokers e no final o próprio mercado.
Os importadores pouco se preocupam em falar das suas marcas, dificilmente consigo estabelecer a relação entre os produtos e os importadores; os produtores (internacionais) não estabelecem quais são seus planos para a marca, quanto estão dispostos em investir, qual a estratégia, parecem se importar pouco com seus produtos e marcas, posto que, por exemplo, raramente informam quem são seus representantes no país e digo representantes (importadores) pois está cada vez mais comum termos um produto com vários importadores ou compras exclusivas por lojistas (através de trades); os brokers (intermediários) por não deixar claro quais são os planos para aquela marca no país e o mercado, por fim o mercado que recebe essa falta de clareza e a alternativa é vender como chega.
Nosso mercado está se tornando um mercado de preços, portanto nada a ver com luxo, mas deveria ser um mercado de vinhos: um mercado que comunica marcas, qualidade, posicionamento, politicas, consumo responsável...
Quando perguntamos ao consumidor de vinhos iniciado sobre vinhos premium do Chile?
Provavelmente 9 em cada 10 responderiam: Almaviva!
Importador: Wines Life (?) Visitar site
Santucci, escritor, mentor e palestrante, é o criador do “Descomplicando o Vinho” (Site/TV/Livro e método). Autor dos livros: Descomplicando o Vinho (2ªEdição); Sucesso é o Caminho; A Depressão Curou Minha Vida; Poemas, Crônicas e o Amor. Psicólogo, ator, professor universitário de Marketing, Serviço do Vinho /Sommelierie e Psicologia/Gestão de Pessoas. Foi responsável pela área de cursos e treinamentos da maior importadora de vinhos do Brasil. Conheça os serviços, as conquistas e reconhecimentos
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