Seña 25 anos - História e Evolução


 O vinho do Chile tem grande importância em todo mundo, presente nas principais cartas de restaurantes premiados,  servindo muito bem lojas especializada e grandes cadeias de supermercado em todos os continentes. No Brasil é o país com maior volume de exportações, já há muito tempo. 
Um país que há quase 50 anos leva muito à sério esse produto, tanto que é um dos 10 maiores produtores em todo mundo. 

Esse cenário os levou, na década de 90 do século passado, a não só produzir grandes vinhos, mas também criar históricas parcerias para produzir a que chamaram de vinhos Ícones. 
Rothschild, Miguel Torres, Antinori e outros nomes ingressaram no Chile para criar vinhos espetaculares.

Eduardo e Robert (2003) - site Viña Seña

 O primeiro grande vinho surgiu em 1997 através da associação iniciada em 1991 entre Eduardo Chadwick e Robert Mondavi. A safra de 1995 trouxe à vida o vinho Seña (Sign), um aceno para o que estava por vir, uma assinatura!

 Nesse ano já envolvido com vinhos e trabalhando para o importador que trazia ao Brasil os vinhos de Robert Mondavi tive o prazer e orgulho de receber esse vinho e também o privilégio de ter conhecido os atores desse liquido incrível. Com Mondavi em dois momentos, no Brasil e e em sua sede na California (EUA) quando também conheci outro ícone o Opus One (parceria com Rothschild) e Chadwick (esse anos mais tarde) no Brasil.

Nesse dia 30 de junho a Viña Seña realizou um belíssimo encontro para a comemoração dos 25 anos da marca. Apresentação conduzida pelo enólogo chefe Sr. Francisco Baettg, pudemos provar diversas safras a começar pela incrível 1998.

Desde a primeira que provei (a de 1995) até a de de 2019 (provada ontem) pude perceber não só uma grande evolução enológica, mas também uma clara mudança de estilo. A safra 1998 mostrava um produto intenso, rico, animal, muito autêntico. A partir da safra 2013 começo a perceber um vinho igualmente rico, tânico, equilibrado, mas já bem elegante, internacional, ainda que a ideia original fosse realizar um chileno ao estilo bordalês (o que está presente em todos os cortes) posso perceber que o Chile criou seu estilo, de fruta presente e madeira mais delicada que os potentes vinhos franceses. É realmente uma escola!

Vale alguns destaques desse encontro, além do vinho é claro. Primeiro as pessoas, pude reencontrar amigos e colegas desse universo maravilhoso, relembrar e conhecer histórias incríveis, depois o evento em si, muito bem orquestrado pela querida Cris Gomes, por fim detalhes que não podem passar despercebidos como a estratégia de ouro de Eduardo Chadwick ao realizar e promover o "Berlin Tasting" em 2004, um divisor de águas, ou de vinhos,  para o reconhecimento da marca, não só Seña, mas para os vinhos Chadwick, Errazuriz, para os grandes vinhos Chilenos.

 
Assim como o julgamento de Paris (1976), quando o mundo soube dos grandes vinhos americanos, a partir do evento de Berlin o Chile foi levando sua bandeira para vários países e postulando os mais altos postos de qualidade e confiança.








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