Quando o assunto é alimentação todos ficamos atentos, seja para descobrir um novo beneficio, para cuidarmos da saúde ou simplesmente para encontrar pratos ou ingredientes que nos tragam ainda mais prazer.
crédito: zoe.com |
Desde a divulgação do “paradoxo francês” (feita inicialmente nos Estados Unidos, no programa 60 minutes, da rede de TV CBS, em 7 de novembro de 1991, pelo Dr. Serge Renaud), sobre o efeito do vinho na dieta regular dos franceses, um dos povos que mais consomem gorduras aliadas ao sedentarismo e o tabagismo e mesmo assim têm uma das menores taxas de mortalidade por problemas cardíacos, muitos estudos foram realizados para comprovar a real eficácia do vinho.
Talvez o mais
aprovado internacionalmente tenha sido a dieta do mediterrâneo. Uma dieta até
certo ponto simples, que leva em consideração o consumo de verduras, legumes,
frutas e grãos preferencialmente frescos, óleo principalmente de oliva, peixes
e vinho tinto (durante as refeições) e em menor quantidade, leite, queijos
brancos, carnes vermelhas e de frango.
O curioso é que se dieta foi mencionada pela primeira vez na história há mais
de 50 anos, por um fisiologista americano, Angel Keys, que se mudou para o sul
da Itália a fim de acompanhar de perto e acabou por introduzir em seu
cotidiano. Mais curioso ainda é que ele viveu até 101 anos de idade no mesmo
ano que também faleceu um dos fundadores do Mc Donalds, mas esse só viveu até
os 60.
O que o
paradoxo francês tem em comum com a dieta do mediterrâneo?
O consumo regular de
vinho, principalmente o tinto. Apesar de muita contestação, por volta de 2010
publicou-se uma nova pesquisa com base na dieta do mediterrâneo que pos fim a
discussão e comprovadamente o vinho era o ingrediente principal para auxiliar
na proteção do nosso sistema cardiovascular e como fator de retardar o
envelhecimento, na sequencia vinham o consumo baixo de carne e bem de perto o
de vegetais.
O que faz do
vinho ser esse belo aliado é a presença de substâncias fenólicas, elas ajudam na
formação do bom colesterol (HDL) e a inibição da formação do colesterol ruim
(LDL), índices que atuam diretamente na longevidade das pessoas.
Essas substâncias fenólicas, que contribuem nas
propriedades sensoriais do vinho são compostas, entre outras, por polifenóis e
flavonóides. Mais especificamente é o polifenol chamado de transresveratrol,
presente nas cascas das uvas tintas, o que mais efeitos possuem nestes
benefícios, especialmente no que diz respeito à formação do colesterol bom.
Por essas e outras razões em muitos lugares do mundo o vinho já é considerado um alimento. No Brasil o Rio Grande de Sul tentou transformar o vinho em alimento, mas teve o veto da Presidente Dilma a época - em 2023 estamos tentando de novo (o Senado já aprovou, agora aguardemos). Para nós seria um belo avanço, além de termos um produto com taxações bem inferiores, fomentando o consumo moderado, como fazem os italianos, gregos, portugueses, franceses...
Como “legalmente” o vinho ainda não é alimento em nosso país nos resta considerá-lo como e desfrutar de seus efeitos seja pela dieta, seus benefícios aliados à saúde ou simplesmente por fazer parte de um dos itens que mais nos dá prazer: as refeições.
Apesar dos
estudos e benefícios se concentrarem no consumo moderado de vinho tinto, já
sabemos que o vinho branco também contribui de forma muito semelhante naquilo
que chamamos de envelhecimento celular, retardando-o.
Fica a
pergunta para essa dieta, quanto é o consumo moderado?
Para homens até duas taças, mulheres uma, por refeição!
Se ainda não
pensou na sua dieta do ano, comece por essa que com certeza te trará boa forma
e muito prazer!
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