Amanhã temos mais um dia dos namorados, dos eternos namorados, o dia do Amor!
Uma data exclusivamente brasileira que habitualmente bate recordes em jantares, flores, chocolate, lingerie e claro vinhos!
Lembro que muito tempo atrás, antes até de entrar para o mundo do vinhos, o dia era regado a "leite da mulher amada" o vinho da garrafa azul Liebfrauenmilch, um ícone nos anos 80/90.
Uma febre, foi muito chique levar um vinho desses para os locais de encontro.
As prateleiras das lojas e supermercados eram recheadas desses vinhos e pelo menos um dia por ano o consumo explodia.
A herança deixada é que muitos consumidores se iniciaram nessas noites, mesmo com um vinho docinho foi possível que muitos passassem a beber mais vinhos, começando pelos de mesa até chegar aos secos de uvas viniferas.
Podemos dizer que aqueles dias dos namorados geraram um geração de apreciadores dos bons vinhos!
Igreja de Nossa Senhora, em Worms (Liebfrauenkirche) e a garrafa azul Liebfraumilch de Josef Friederich. |
Uma curiosidade sobre esse vinho docinho que conquistou o paladar brasileiro é que a origem do nome Liebfrauenmilch (em tradução literal, “leite da mulher amada”) vem da Liebfrauenkirche (Igreja de Nossa Senhora), onde os vinhos eram originalmente produzidos nos vinhedos dos arredores na cidade de Worms.
Em meados do século XVIII, das videiras que cresciam ao redor da igreja, saíram os primeiros vinhos Liebfrauenmilch, cujo sabor era diferente do que conhecemos hoje.
Assim na verdade, Liebfrau significa “Nossa Senhora” em alemão e seria lógico então que a tradução correta fosse: “O leite de Nossa Senhora”, o que estaria errado: Milch, é uma forma arcaica alemã de Minch ou Monck (monge) portanto, significa Monge de Nossa Senhora, daí que as gravuras sempre ostentam temas religiosos.
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