Particularmente concordo com meu irmão Fábio que tem a corroboração de Mario Sérgio Cortella. O que vai bem com o churrasco é uma excelente conversa, para isso a churrasqueira precisa ser lenta, os preparativos vão surgindo, o fogo precisa ser baixado, cada peça vai individualmente para que sejam saboreadas, degustadas, em separado.
O que fato é que ontem juntamos pouquíssimas pessoas e seguimos a receita: 12 horas de bom papo, boas ideias e claro, boa carne, boas cervejas e belos vinhos.
arquivo pessoal |
Já com um bom papo em andamento e a bela fraldinha (só no sal grosso e pinguinho de pimenta do reino) surgiu uma garrafa desse belo vinho de Beaujolais, França o cru Brouilly elaborado por Georges Mingret, esse vinho já falei dele por aqui, ele tem corpo e acidez que trataram muito bem o churrasco.
Para coroar e aí realmente beber um bom vinho, no melhor estilo confraria abrimos esse espetacular blend da vinícola brasileira Gaudio. O Cedro é um vinho potente, explosivo, complexo, rico.
Quem ainda duvida do vinho brasileiro precisa começar a beber mais.
Depois o bom papo continuou e fomos provando cervejas especiais, IPAs, com frutas,...
De fato o que vai bem com o churrasco é calma, paciência, regado a conversas da melhor qualidade!
Nossos vinhos Prontos para Beber:
SEGREDO DO ABADE BRANCO - Produzido pela Vinhos Norte (Manuel da Costa Carvalho Lima Filhos) a partir das castas Avesso e Loureiro. Um branco leve, com personalidade, bela acidez, notas de amêndoas, ervas e frutas brancas e Perfeito com ótima companhia, aperitivos, ceviche e frutos do mar à beira da piscina.
O norte de Portugal revela seus sabores pelas regiões mais conhecidas como o Douro, Porto e o Vinho Verde, assim podemos esperar diversos estilos. É o caso desse produtor, as uvas do Segredo do Abade pertencem a um novo concelho de Vila Verde, enquanto que bodega tem uma vinícola instalada em um antigo lagar, no Vale da Vidinha, na região de Fafe. A Vinhos do Norte, tem sua sede em Braga, e vinhas em todo Concelho do Vinho Verde, Douro e Trás-os-Montes.
Importado pela Diasa. Cerca de R$ 50
GEORGES MINGRET BROUILLY - Do maior Cru de Beaujolais esse vinho de Georges Mingret é surpreendente, se espera um desse Cru seus frutados das frutas vermelhas escuras como a ameixa, notas minerais, e taninos macios, mas ele nos dá uma sensação ainda mais ampla, ele consegue aliar um corpo ainda mais presente, taninos mais potentes e um longo final de boca.
Notas da ficha técnica(*): De uma coloração intensa de cereja brilhante com reflexos rubi. Seus aromas revelam frutos frescos lembrando a framboesa e uma mistura sutil de aromas florais. Na boca é poderoso, sabor refinado e equilibrado fruto de seus taninos elegantes e macios. Acompanha muito bem caça e carnes vermelhas defumadas. Cerca de R$ 250 (VQP)
(*) As fichas técnicas desse produtor foram elaboradas pelo Santucci.
VINICOLA GAUDIO CEDRO - Esse vinho é elaborado na cidade mais fria do Brasil, Urupema e na localidade de Cedro daí o nome de batismo desse que é o vinho topo de linha da vinícola. Cedro também é o nome de uma árvore que de tão pujante pode chegar a 40 metros de altura. Pujante, forte e robusto também é esse vinho, produzido a partir do blend 60% Merlot, 30% Cabernet Sauvignon, 5% Cabernet Franc e 5% Malbec, um autêntico corte bordalês, e não estranhe a presença da Malbec.
O vinho é realmente robusto, com grande musculatura, essa safra de 2021 encontramos um belo rubi violáceo profundo e intenso, bela complexidade aromática, destaque para frutas vermelhas escuras e maduras, notas de couro, baunilha e chocolate. mas é no paladar que o vinho surpreende muito. Percebemos uma bela identidade, claro que a memória é de um Bordeaux, porém o vinho tem o sotaque brasileiro, tanto pelos taninos finos e elegantes, corpo médio, e uma acidez típica dos trópicos. Esse é um daqueles vinhos de vida longa, bem guardado, cerca de 20 anos, pelo menos. Cerca de R$ 300
Sobre a vinícola: O casal capixaba Gaudio - Paulo e Thaís ao produzirem seus vinhos guardam o sentimento que o sobrenome (que dá nome a vinícola) traduz: alegria, divertimento, prazer, satisfação, festa. De fato em todos os vinhos que provamos em maior ou menor quantidade esses sentimentos estão persentes.
Localizados na Serra Catarinense, fazem parte dos Vinhos de Altitude, graças aos 1150 metros acima do nível do mar, onde os vinhedos se encontram. Verões amenos e invernos rigorosos, são a marca dessa geografia, aliadas a uma produção que beira o artesanal (baixa produção das videiras, colheita e até a etiquetagem, tudo processo manual), com certeza seus vinhedos traduzem poesia e podemos chama-los de "vinhos de autor".
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